sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Trouxemos o São Francisco diz Dilma.

Segundo Dilma, o governo enfrenta a seca, pela primeira vez, com obras estruturantes e duradouras. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff  disse, nesta quinta-feira (5), que a inauguração do terceiro trecho doCanal do Sertão Alagoano, em Inhapi, é um marco histórico para o Nordeste. Pela primeira vez, destacou ela, o Brasil está enfrentando a seca não apenas com ações de redução do impacto da estiagem, mas com obras estruturantes, que garantem o fornecimento contínuo de água para a população. Com a inauguração  do terceiro trecho, já são 93 km de canais entregues.
“A gente sabe que as águas do São Francisco estão 93 quilômetros distantes daqui. Agora, o que nós fizemos foi trazer o São Francisco para cá. Eu vi o Rio São Francisco correndo ao apertar aquele botão e abrir a comporta. Vi a água chegando – e ela vai chegar até [à cidade de] Arapiraca”. A presidenta acrescentou estar orgulhosa da obra inaugurada hoje, que tornou possível essa conquista.
Políticas para conviver com a secaA expectativa é de que o canal possa, a partir de agora, modificar a paisagem, hoje muito seca devido ao quinto ano de estiagem que castiga o Nordeste. Essa situação, segundo a presidenta, só não traz um desespero à população graças a programas como o de carros-pipa e o de cisternas, que são ações emergenciais.
Dilma aproveitou para reforçar que devem ser mantidas essas políticas voltadas para o convívio da população com a seca, um fenômeno natural e cíclico. “Conviver com a seca é entender que a seca pode ocorrer e quem tem de tomar medidas para conviver com ela somos nós, tanto os governos estaduais quanto os municipais, mas também o governo federal”.
Nesse sentido, lembrou a importância da criação do Bolsa Garantia-Safra e do Bolsa Estiagem, além de toda uma rede de proteção que é garantida pelo Bolsa Família.
Dilma: “Eu vi o Rio São Francisco correndo ao apertar aquele botão e abrir a comporta. Vi a água chegando – e ela vai chegar até [à cidade de] Arapiraca”. Foto: Isac Nóbrega/PR


Obras para o futuro
No entanto, apontou a presidenta, é preciso olhar para o futuro. E foi por isso que o governo resolveu investir em obras estruturantes no Nordeste. “Aqui mora uma parte expressiva do Brasil, é justo que as condições de vida aqui sejam da melhor qualidade – e aí entra uma obra como o Canal do Sertão Alagoano, para transformar essa região, fazer com que se possa plantar”.

Essa decisão de fazer obras estruturantes e duradouras contra a seca, lembrou Dilma, começou no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e está sendo mantida por ela, apesar do desafio de fazer ajustes no orçamento do governo para enfrentar os efeitos da crise financeira internacional.
“Essas obras estão não apenas em Alagoas. Todos os estados do Nordeste têm obras relacionadas à questão da garantia do acesso à agua. Porque a água é essencial para as pessoas sobreviverem e terem o mínimo de condições para viver de forma digna e decente. Daí a importância, por exemplo, do projeto de integração do São Francisco, que inclui o Canal do Sertão Alagoano”.

Adutoras e bacia leiteiraO projeto do canal abrange também adutoras, que levarão a água até a população. “Não basta só ter só o canal ali. A adutora é que vai levar a água para dona de casa, para tirar a sede das pessoas, para tirar a sede dos animais, beneficiando 180 mil habitantes, oito municípios”.
Dilma disse que planeja retornar à região até o fim do ano, quando deve entrar em funcionamento a Adutora da Bacia Leiteira, que vai levar água a 19 municípios, beneficiando quase 500 mil pessoas. Bacia leiteira é uma zona de abastecimento formada por várias fazendas ou propriedades agrícolas que se dedicam à atividade de produção de leite em uma região.
A presidenta abordou ainda a importância dos perímetros irrigados, citando o exemplo do Projeto de Irrigação do município de Delmiro Gouveia (AL), entre outros.
“Tem vários projetos de irrigação associados ao Canal do Sertão Alagoano. Precisamos construir as condições de fazer todos eles, atraindo pessoas tanto da agricultura familiar como empresários e investidores, que terão a garantia da água de qualidade”.

FONTE: Blogdoplanalto-Presidencia da República


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